Definição de, Bactéria, Vírus, Germes e Fungos.

Bactéria (do grego βακτηριον, bakterion: bastão) é um domínio de micro-organismos unicelulares, procariontes (desprovidos de envoltório nuclear e organelas membranosas), antes também chamados Schizomycetes, pertencentes ao Reino Monera.
As bactérias são geralmente microscópicas ou submicroscópicas (detectáveis apenas com uso de um microscópio eletrônico). Suas dimensões geralmente não excedem poucos micrômetros, podendo variar entre cerca de 0,2 µm, nos micoplasmas, até 30 µm, em algumas espiroquetas. Exceções são as bactérias Epulopiscium fishelsoni isoladas no tubo digestivo de um peixe, com um comprimento compreendido em 0,2 e 0,7 mm e Thiomargarita namibiensis, isolada de sedimentos oceânicos, que atinge até 0,75 mm de comprimento.
Segundo o sistema taxonômico proposto por Robert Whittaker em 1969, constituíam o reino Moneras, juntamente com as chamadas "algas azuis" ou "cianofíceas" - hoje mais corretamente chamadas cianobactérias.
Formação de esporos: Algumas bactérias são capazes de formar esporos, estruturas altamente resistentes e duráveis. Os esporos desempenham um papel de defesa, pois são uma forma de proteção em condições desfavoráveis, como em casos de temperaturas inadequadas.
Reprodução das bactérias: As bactérias reproduzem-se basicamente por processo assexuado, mais precisamente o processo de divisão binária, em que uma célula divide-se e dá origem à outra. O aumento da população, nesses casos, ocorre em progressão geométrica e de forma relativamente rápida se as bactérias estiverem em boas condições para o crescimento.
Tipos de Bactérias
A figura abaixo nos mostra quantos tipos diferentes existem, e que esta organização foi assim criada com base nas formas de cada bactéria e em como estão interligadas:
As bactérias podem receber diferentes nomes de acordo com o formato. Entre os tipos fundamentais, podemos citar:
Bacilos: Bactérias com formato de um pequeno bastão.
Cocos: Bactérias de formato esférico.
Espirilos: Bactérias em forma de sacarrolha.
Esses diferentes tipos morfológicos podem ainda se agrupar. Os cocos, por exemplo, podem agrupar-se de 2 a 2, formado diplococos, ou em cadeias denominadas de estreptococos, ou ainda em cachos denominados de estafilococos. Isso também pode ser observado nos bastonetes, que ocasionalmente formam diplobacilos ou estreptobacilos. De uma maneira geral, os espirilos ocorrem isolados.


Vírus (do latim virus, "veneno" ou "toxina") são pequenos agentes infecciosos (20-300 ηm de diâmetro) que apresentam genoma constituído de uma ou várias moléculas de ácido nucleico (DNA ou RNA), as quais possuem a forma de fita simples ou dupla. Os ácidos nucleicos dos vírus geralmente apresentam-se revestidos por um envoltório proteico formado por uma ou várias proteínas, o qual pode ainda ser revestido por um complexo envelope formado por uma bicamada lipídica.
As partículas virais são estruturas extremamente pequenas, submicroscópicas. A maioria dos vírus apresentam tamanhos diminutos, que estão além dos limites de resolução dos microscópios ópticos, sendo comum para a sua visualização o uso de microscópios eletrônicos. Vírus são estruturas simples, se comparados a células, e não são considerados organismos, pois não possuem organelas ou ribossomos, e não apresentam todo o potencial bioquímico (enzimas) necessário à produção de sua própria energia metabólica. Eles são considerados parasitas intracelulares obrigatórios (característica que os impede de ser considerado seres vivos), pois dependem de células para se multiplicarem. Além disso, diferentemente dos organismos vivos, os vírus são incapazes de crescer em tamanho e de se dividir. A partir das células hospedeiras, os vírus obtêm: aminoácidos e nucleotídeos; maquinaria de síntese de proteínas (ribossomos) e energia metabólica (ATP).
Fora do ambiente intracelular, os vírus são inertes. Porém, uma vez dentro da célula, a capacidade de replicação dos vírus é surpreendente: um único vírus é capaz de multiplicar, em poucas horas, milhares de novos vírus. Os vírus são capazes de infectar seres vivos de todos os domínios (Eukarya, Archaea e Bactéria). Desta maneira, os vírus representam a maior diversidade biológica do planeta, sendo mais diversos que bactérias, plantas, fungos e animais juntos.
Os vírus não são constituídos por células, embora dependam delas para a sua multiplicação. Alguns vírus possuem enzimas. Por exemplo o HIV tem a enzima Transcriptase reversa que faz com que o processo de Transcrição reversa seja realizado (formação de DNA a partir do RNA viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só depois a tradução. Estes últimos vírus são designados de adenovírus.

Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios: a falta de hialoplasma e ribossomos impede que eles tenham metabolismo próprio. Assim, para executar o seu ciclo de vida, o vírus precisa de um ambiente que tenha esses componentes. Esse ambiente precisa ser o interior de uma célula que, contendo ribossomos e outras substâncias, efetuará a síntese das proteínas dos vírus e, simultaneamente, permitirá que ocorra a multiplicação do material genético viral.

Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta" o seu material genético ou então entra na célula por englobamento - por um processo que lembra a fagocitose, a célula "engole" o vírus e o introduz no seu interior.

Estrutura dos Vírus
A partícula viral é denominada de vírion. Ela é composta por:
Núcleo: que é o próprio genoma (DNA ou RNA, nunca os dois juntos);
Capsídeo: envelope que envolve o genoma do vírus. O capsídeo é formado por capsômeros. Ou seja, um conjunto de capsômeros forma o capsídeo.
Envelope: alguns vírus apresentam o envelope, que é um revestimento externo dos vírus. Esse revestimento deriva de partes celulares como as membranas e outras organelas.
Quanto a sua forma de reprodução, pode acontecer por ciclo lítico ou ciclo lisogênico.

Ciclo lítico
No ciclo lítico, o vírus se aproxima da célula e injeta o seu material genético. Esse material entra na célula e se multiplica com a ajuda das organelas da célula infectada. Daí, o DNA ou RNA do vírus vai caracterizar o tipo de infecção e doença. A célula infectada morre e libera os vírus que se formaram dentro dela e esses vírus vão infectar outras células.

Ciclo lisogênico
Nesse ciclo, o vírus introduz o seu material genético na célula. Esse material vai fazer parte do DNA da célula e irá ser replicado durante o processo de meiose celular.



Germes (ou patógenos, como eles são chamados as vezes) são organismos microscópicos que podem causar doenças se eles entrarem em nossos corpos ou nas plantas.Também chamados de micróbios ou micro-organismos, os germes são tão pequenos que só podem ser vistos ao microscópio. Existem diferentes espécies de germes, como bactérias, vírus, protozoários e fungos, mas nem todas são nocivas. Muitos protozoários, bactérias e fungos são inofensivos ou até mesmo benéficos.
O tipos mais comuns são:
Bactérias (ex. Salmonella que pode causar infecção alimentar)
Vírus (ex. Rhinovirus que causa o resfriado comum)
Fungo (ex. Trichophyton que pode causar a frieira)
Parasitas (ex. Giaridia Intestinalis que pode causar a diarréia )
Como os germes se propagam?

As bactérias e os fungos podem se desenvolver em qualquer ambiente quente e úmido da sua casa, mas vírus são diferentes. Aproximadamente com um centésimo do tamanho de uma bactéria, os vírus precisam estar dentro de um hospedeiro para se reproduzir. É através desse processo que eles podem causar doenças.

Os germes podem se propagar pela casa através das mãos das pessoas, normalmente através do toque com pessoas ou superfícies infectadas. Os germes também podem se deslocar através do ar em pequenas partículas de poeira ou em gotículas de água expelidas de nossas bocas e narizes quando tossimos, espirramos ou falamos. 

Fontes comuns de germes em casa são:
Água e comida contaminada 
Superfícies tocadas com frequência, como: maçanetas, torneiras, controles remoto e telefones
Áreas de limpeza e descarte de resíduos como latas de lixo, pias e vasos sanitários
Lixo domiciliar como comida usada ou estragada, lenços e fraldas usados
Itens de limpeza como flanelas, esponjas e escovas de dente sujas 
Animais de estimação e outros animais, como roedores e moscas
Outras pessoas

Como os germes entram no corpo?
Há muitas maneiras dos germes entrarem em nossos corpos.
Eles podem ser ingeridos em comidas contaminadas.
Germes no ar podem ser inalados através de nossas narinas e boca, se alojando nos pulmões.
Germes em nossas peles podem entrar através de cortes e feridas não tratadas.

Eles podem ser introduzidos em nossa corrente sanguínea através de injeções, cirurgia ou picadas de insetos ou mordidas de animais.
Finalmente, alguns germes específicos em nossos fluídos corporais podem ser transmitidos para outras pessoas através do contato corporal.
Você sabia...

Nas condições corretas, bactérias como Escherichia coli (e-coli) pode se dividir a cada 20 minutos, de maneira que em apenas 8 horas uma única bactéria pode gerar a aproximadamente 17M bactérias.

No entanto, não está tudo perdido, já que Dettol oferece uma gama de produtos que matam germes para lhe proteger e a sua família de doenças.

Os fungos são seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou pluricelulares, eucariotas (com um núcleo celular), heterótrofos e, na biologia, fazem parte do Reino Fungi, dividido em cinco Filos, a saber: quitridiomicetos, ascomicetos, basidiomicetos, zigomicetos e os deuteromicetos.
Especialistas afirmam que cerca de 1,5 milhão de espécies de fungos habitam o planeta Terra, como os cogumelos, as leveduras, os bolores, os mofos, sendo utilizados para diversos fins: culinária, medicina, produtos domésticos. Por outro lado, muitos fungos são considerados parasitas e transmitem doenças aos animais e as plantas.
Abundantes em todo mundo, a maioria dos fungos é inconspícua devido ao pequeno tamanho das sua estruturas, e pelos seus modos de vida crípticos no solo, na matéria morta, e como simbiontes ou parasitas de plantas, animais, e outros fungos. Podem tornar-se notados quando frutificam, seja como cogumelos ou como bolores. Os fungos desempenham um papel essencial na decomposição da matéria orgânica e têm papéis fundamentais nas trocas e ciclos de nutrientes. São desde há muito tempo utilizados como uma fonte direta de alimentação, como no caso dos cogumelos e trufas, como agentes levedantes no pão, e na fermentação de vários produtos alimentares, como o vinho, a cerveja, e o molho de soja. Desde a década de 1940, os fungos são usados na produção de antibióticos, e, mais recentemente, várias enzimas produzidas por fungos são usadas industrialmente e em detergentes. São também usados como agentes biológicos no controlo de ervas daninhas e pragas agrícolas. Muitas espécies produzem compostos bioativos chamados micotoxinas, como alcaloides e policetídeos, que são tóxicos para animais e humanos. As estruturas frutíferas de algumas espécies contêm compostos psicotrópicos, que são consumidos recreativamente ou em cerimónias espirituais tradicionais. Os fungos podem decompor materiais artificiais e construções, e tornar-se patogénicos para animais e humanos. As perdas nas colheitas devidas a doenças causadas por fungos ou à deterioração de alimentos podem ter um impacto significativo no fornecimento de alimentos e nas economias locais.

O reino dos fungos abrange uma enorme diversidade e táxons, com ecologias, estratégias de ciclos de vida e morfologias variadas, que vão desde os quitrídios aquáticos unicelulares aos grandes cogumelos. Contudo, pouco se sabe da verdadeira biodiversidade do reino Fungi, que se estima incluir 1,5 milhões de espécies, com apenas cerca de 5% destas formalmente classificadas. Desde os trabalhos taxonómicos pioneiros dos séculos XVII e XVIII efetuados por Lineu, Christiaan Hendrik Persoon, e Elias Magnus Fries, os fungos são classificados segundo a sua morfologia (i.e. caraterísticas como a cor do esporo ou caraterísticas microscópicas) ou segundo a sua fisiologia. Os avanços na genética molecular abriram o caminho à inclusão da análise de ADN na taxonomia, o que desafiou por vezes os antigos agrupamentos baseados na morfologia e outros traços. Estudos filogenéticos publicados no último decénio têm ajudado a modificar a classificação do reino Fungi, o qual está dividido em um sub-reino, sete filos e dez subfilos.

Reprodução dos Fungos
Os fungos podem se reproduzir de maneira sexuada ou assexuada, sendo o vento considerado um importante condutor que espalha os propágulos e fragmentos de hifa, favorecendo, assim, a reprodução e a proliferação dos fungos.
Reprodução Assexuada

Nesse tipo de reprodução não há fusão dos núcleos e através de mitoses sucessivas, a fragmentação do micélio originará novos organismos. Além do processo de fragmentação, a reprodução assexuada dos fungos pode ocorrer por meio do brotamento e da esporulação.
Reprodução Sexuada
Esse tipo de reprodução ocorre entre dois esporos divididos, em três fases:
Plasmogamia: Fusão de protoplasma;
Cariogamia: Fusão de dois núcleos haploides (n) para formar um núcleo diploide (2n);
Meiose: Núcleo diploide se reduz formando dois núcleos haplóides.
Alimentação dos Fungos
Diferentemente das plantas, os organismos do Reino Fungi não possuem clorofila, nem celulose e, com isso, não sintetizam seu próprio alimento. Eles liberam uma enzima chamada de exoenzima, que os auxiliam na digestão dos alimentos.
De acordo com o tipo de alimentação, os fungos são classificados em:
Fungos Saprófagos: Obtêm alimentos decompondo organismos mortos;
Fungos Parasitas: Alimentam-se de substâncias de organismos vivos;
Fungos Predadores: Alimentam-se de pequenos animais que capturam.
Doenças Relacionadas aos Fungos

Algumas doenças provocadas por fungos:
Micoses;
Frieiras;
Sapinho;
Candidíase;
Histoplasmose.
Saiba mais sobre as Doenças Causadas por Fungos.
Curiosidades

A ciência que estuda os fungos é chamada de “Micologia”;
Depois de muitas pesquisas, somente em 1969 os fungos foram considerados organismos diferentes das plantas, sendo, portanto, classificados num reino específico: Reino Fungi;
Dentre a variedade de espécies de fungos existentes no planeta, a maior parte é classificada como saprofágica, ou seja, se alimenta de seres em decomposição;
Os liquens são organismos formados pela simbiose de um fungo (micobionte) e uma alga (fotobionte), baseados numa relação harmônica interespecífica.
Fonte: internet

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